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As dores na região lateral do quadril são muito
prevalentes principalmente em mulheres a partir
da quinta década de vida. É consequência de um
processo degenerativo tendinoso (Glúteo médio
e/ou mínimo) associado ou não à uma síndrome
friccional da banda iliotibial e à bursite do
quadril.
O quadro se caracteriza por dor na região
lateral do quadril normalmente intensificada com
a palpação e com o ato de abduzir e rodar
externamente o quadril (perna de índio). É comum
observar a marcha claudicante e enfraquecimento
muscular nos casos mais avançados. É também
comum a incapacidade de se dormir sobre o lado
acometido.

O diagnóstico desta patologia se dá pelo
exame físico e é complementado pelas imagens de
Rx e Ressonância Magnética.
O tratamento se basea em três etapas. A primeira
consiste no tratamento fisioterápico que deve
durar, no mínimo, 6 semanas. Quando há falha do
tratamento fisioterápico partimos para a segunda
etapa que se basea na infiltração local com
corticóide. Caso as infiltrações associadas a
fisioterapia não consigam reverter o quadro
clínico, optamos pelo tratamento artroscópico. A
utilização de PRP (plasma rico em plaquetas) é
experimental e só deve ser realizada no contexto
de pesquisa clínica formal, já que não há
comprovação científica de seu benefício nem dos
potenciais danos causados por este tratamento.
O tratamento artroscópico para as tendinopatias
do glúteo médio-mínimo e bursite trocanteriana
consiste no reparo dos tendões degenerados e na
remoção da bursa inflamada, devolvendo uma
articulação livre de processos inflamatórios
nocivos.
A reabilitação nestes casos vai depender
basicamente da qualidade dos tecidos reparados
durante o ato cirúrgico variando de 6 a 12
semanas de tratamento fisioterápico até a
normalização do quadro. |
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